Ludmilla ficou no centro das atenções devido à uma frase lida, que apareceu no vídeo durante a sua apresentação no Coachella, onde se podia ler: “Só Jesus expulsa o tranca rua das pessoas”.
A artista recebeu várias acusações de preconceito contra a religião “intolerância religiosa”, como explica a imprensa brasileira, tendo-se expressado, em sua conta no X (antigo Twitter).
“Quando eu disse que vocês teriam que se esforçar pra falar mal de mim, eu não achei que iriam tão longe. Hoje tiraram do contexto uma das imagens do vídeo do ecrã do espetáculo em ‘Rainha da Favela’, que traz diversos registros de espaços e realidades a qual eu cresci e vivi por muitos anos, querendo reescrever o significado dele, e me colocando numa posição que é completamente contrária a minha”, começou por escrever a cantora.
“‘Rainha da Favela’ apresenta a minha favela, uma favela real, nua e crua, onde cresci mas infelizmente se vive muitas mazelas: genocídio preto, violência policial, miséria, intolerância religiosa e tantas outras vivências de uma gente que supera obstáculos, que vive em adversidades, mas que não desiste. Isso passa por conviver num ambiente muitas vezes hostil, onde a cada esquina você precisa se deparar com as dificuldades da favela”, explicou.
“O meu espetáculo começa com uma mensagem muito explícita, que não deixa dúvida sobre nada! Na sequência eu apresento a realidade sobre a qual esse discurso precisa prevalecer! Sobre uma favela sem filtros, sem gourmetização, sem representações caricatas, uma denúncia sobre o real. Estou aqui pelo que é real e não essa versão vitrine importada para gringo achar que esse é um espaço que se reduz a funk, bunda e cerveja”, acrescentou.
“Termino o meu espetáculo com o céu tomado de pipas douradas, que representam a esperança que eu quero plantar no coração de todos que lidam com essa realidade! Esse vídeo foi feito por uma fotógrafa/videomaker negra e periférica, para que tivesse um olhar de dentro para fora! Não me coloquem neste lugar, vocês sabem quem eu sou e de onde eu vim. Não tentem limitar para onde eu vou. Respeito todas as pessoas como elas são, e independente de qualquer fé, raça, gênero, sexualidade ou qualquer particularidade de que façam elas únicas”, rematou.